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O Brasil enfrenta, neste mês de fevereiro de 2025, uma intensa onda de calor que tem afetado diversas regiões do país, especialmente o Sudeste e o Sul. As temperaturas elevadas têm causado preocupações quanto à saúde da população, exigindo medidas preventivas para minimizar os riscos associados ao calor extremo.

Recordes de temperatura e impactos regionais

No Rio de Janeiro, os termômetros atingiram impressionantes 44°C em 17 de fevereiro, a maior temperatura registrada na cidade desde o início do sistema de alerta climático há mais de uma década. A sensação térmica em algumas áreas ultrapassou os 50°C, levando moradores e turistas a buscarem refúgio nas praias e em locais climatizados. As autoridades municipais emitiram alertas de calor extremo e instalaram postos de hidratação para auxiliar a população.

No estado do Rio Grande do Sul, a cidade de Quaraí registrou 43,8°C em 4 de fevereiro, com índice de calor superior a 50°C. Essa situação levou mais de 60 municípios a declararem estado de emergência devido à seca. Além disso, escolas tiveram o retorno às aulas suspenso, pois as salas de aula carecem de ventilação adequada e abastecimento de água suficiente para enfrentar as altas temperaturas.

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Principais riscos à saúde associados ao calor extremo

As ondas de calor trazem consigo uma série de riscos à saúde, especialmente para grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Entre os principais problemas estão:

  • Desidratação: A perda excessiva de líquidos pode levar a sintomas como tontura, fadiga e, em casos graves, insuficiência renal.
  • Insolação: Caracterizada pelo aumento da temperatura corporal devido à exposição prolongada ao sol, podendo causar confusão mental, convulsões e até mesmo coma.
  • Exaustão térmica: Resulta do esforço físico em ambientes quentes, manifestando-se por meio de suor excessivo, pulso acelerado e pressão arterial baixa.
  • Doenças respiratórias: O ar seco e quente pode agravar condições como asma e bronquite, dificultando a respiração.
  • Problemas cardiovasculares: O calor intenso pode sobrecarregar o coração, aumentando o risco de eventos como infarto e acidente vascular cerebral.

Medidas preventivas para enfrentar o calor

Para minimizar os efeitos adversos das altas temperaturas, é fundamental adotar algumas medidas preventivas:

  • Hidratação constante: Ingerir água regularmente, mesmo sem sentir sede, é essencial para manter o corpo funcionando adequadamente. Bebidas isotônicas também podem ser úteis para repor eletrólitos perdidos.
  • Evitar exposição ao sol nos horários de pico: Entre 10h e 16h, os raios solares são mais intensos. Procurar sombra e utilizar proteção adequada durante esse período é crucial.
  • Uso de roupas adequadas: Optar por vestimentas leves, de cores claras e tecidos que permitam a transpiração ajuda a manter a temperatura corporal equilibrada.
  • Aplicação de protetor solar: Além de prevenir queimaduras, o uso regular de protetor solar reduz o risco de câncer de pele.
  • Manter ambientes ventilados: Utilizar ventiladores, ar-condicionado ou mesmo criar correntes de ar abrindo janelas e portas pode tornar os espaços mais confortáveis.

Alimentação adequada em períodos de calor

A dieta também desempenha um papel importante na adaptação do corpo às altas temperaturas. Recomenda-se:

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  • Refeições leves e equilibradas: Alimentos de fácil digestão, como saladas, frutas e legumes, ajudam a evitar a sensação de peso e desconforto.
  • Evitar alimentos gordurosos e frituras: Esses itens podem sobrecarregar o sistema digestivo e aumentar a sensação de calor.
  • Incluir alimentos ricos em água: Frutas como melancia, melão e laranja, além de vegetais como pepino e alface, contribuem para a hidratação.

Cuidados especiais para grupos vulneráveis

Crianças e idosos são particularmente suscetíveis aos efeitos do calor extremo. As crianças possuem uma maior proporção de água no corpo, tornando-as mais propensas à desidratação. Já os idosos podem ter uma percepção reduzida da sede, o que dificulta a ingestão adequada de líquidos. Ambos os grupos devem ser incentivados a beber água regularmente e permanecer em ambientes frescos.

Como calcular a quantidade de água que eu devo consumir por dia?

Para calcular a quantidade ideal de água que uma pessoa deve consumir diariamente, utiliza-se uma regra básica baseada no peso corporal. A recomendação mais comum é ingerir 35 ml de água por quilo de peso corporal. Assim, uma pessoa que pesa 70 kg deve multiplicar 70 × 35, resultando em 2.450 ml (ou 2,45 litros) de água por dia. No entanto, essa quantidade pode variar dependendo do clima, nível de atividade física e condição de saúde de cada indivíduo.

Em dias de calor intenso, como os registrados na atual onda de calor no Brasil, a hidratação deve ser reforçada, especialmente para idosos, crianças e pessoas que praticam atividades físicas ao ar livre. Para facilitar o controle, dividir o consumo ao longo do dia e utilizar garrafas marcadas com metas horárias pode ser uma boa estratégia para garantir uma hidratação adequada.

No caso de crianças, idosos e pessoas com a saúde debilitada, recomendamos que a quantidade de água a ser consumida seja discutida com um médico responsável por acompanhar o paciente.

Reconhecimento e ação diante de sinais de insolação e desidratação

É crucial estar atento aos sintomas de problemas relacionados ao calor para agir rapidamente:

  • Sintomas de alerta: Boca seca, tontura, confusão mental, ausência de suor mesmo em calor intenso, pele avermelhada e quente, náuseas e vômitos.
  • Procedimentos imediatos: Ao identificar esses sinais, leve a pessoa para um local fresco, ofereça pequenos goles de água, aplique compressas frias e procure assistência médica imediatamente.

A atual onda de calor no Brasil destaca a importância de medidas preventivas para proteger a saúde da população. Manter-se informado sobre as condições climáticas, adotar hábitos saudáveis e estar atento aos sinais do corpo são passos essenciais para enfrentar as altas temperaturas com segurança. A colaboração entre autoridades e cidadãos é fundamental para minimizar os impactos do calor extremo e garantir o bem-estar de todos.