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A tecnologia 5G é uma tecnologia de comunicação que visa tornar a transferência de dados via ondas de rádio bem mais eficiente e veloz, aumentando a velocidade de upload e download, reduzindo a latência do sinal (o famoso “ping”) e melhorando a qualidade dos serviços de telefonia móvel e de sinais wifi. 

Essa tecnologia foi inaugurada em 2017 com o nome de 5G NR (New Radio), num trabalho de parceria entre a 3GPP (3rd Generation Partnership Project) e a ITU (União Internacional de Telecomunicações). Entretanto, aqui no Brasil essa tecnologia chegou somente em 2020, no mês de julho, através da operadora Claro que trouxe o 5G DSS no compartilhamento de espectro das ondas de rádio das gerações anteriores (2G, 3G e 4G). Porém, as primeiras redes unicamente 5G foram instaladas no Brasil apenas no ano de 2022, na frequência de 3,5 GHz, pelas operadoras Claro, Vivo e TIM.

Leia o texto e saiba mais!

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Como funciona a tecnologia 5G

O 5G opera por meio de estações rádio-base, conhecidas como antenas, que emitem ondas de rádio para estabelecer conexões com dispositivos sem fio. Além das antenas 5G, encontra-se o núcleo de rede (core), que desempenha o papel de um servidor central, gerenciando todas as conexões antes de direcionar o tráfego para a internet.

É possível instalar as antenas 5G nas mesmas estações utilizadas pelo 4G. No entanto, o 5G demanda um maior número de antenas devido ao uso de espectros mais elevados. Quanto maior a frequência, menor é a capacidade de penetração do sinal.

A comunicação entre as antenas e o núcleo de rede ocorre por meio de fibra óptica, radiofrequências ou até mesmo via satélite, dependendo da região e das especificações do projeto de cada operadora.

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Para o funcionamento da tecnologia 5G, existem inúmeros recursos de rede que podem ser utilizados de acordo com os objetivos específicos de cada operadora, sendo esses recursos os seguintes:

  • eMBB (Enhanced Mobile Broadband): proporciona uma maior largura de banda disponível para os usuários, oferecendo velocidades de download que podem ultrapassar 1 Gb/s.
  • URLLC (Ultra-Reliable Low Latency Communications): assegura menor latência na conexão com dispositivos, promovendo maior confiabilidade da rede para aplicações sensíveis a atrasos, como operação de máquinas, cirurgias remotas, veículos autônomos e streaming de jogos.
  • mMTC (Massive Machine Type Communications): oferece suporte para um grande número de dispositivos de Internet das Coisas, com consumo de energia reduzido, abrangendo sensores, medidores e aplicações voltadas para cidades inteligentes.
  • Network Slicing: possibilita a divisão do 5G em várias sub-redes, permitindo a utilização industrial e privativa no mesmo espectro de uma rede comercial. Isso é feito com diferentes níveis de prioridade e qualidade de serviço para atender às necessidades específicas de cada setor.

A capacidade de velocidade da tecnologia 5G pode ultrapassar a marca de 1 Gb/s, mas as operadoras que disponibilizam o 5G aqui no Brasil (Claro, TIM e Vivo) estabelecem em seus contratos uma velocidade de download de 10 Mb/s no contrato. Contudo, conforme relatórios de pesquisas sobre qualidade de sinal da Ookla, a velocidade de download está na média de 446,9 Mb/s e de 33,6 Mb/s para upload, o que está bem abaixo da capacidade máxima desse sinal. Porém, ainda é uma velocidade maior do que em vários países.

Vantagens do sinal 5G

Essas são as principais vantagens da tecnologia de sinal 5G:

  • Rapidez: alta velocidade é uma característica marcante do 5G, permitindo velocidades de download superiores a 1 Gb/s, podendo ser até 10 vezes mais veloz que o 4G. Essa melhoria possibilita o acesso à internet por meio de smartphones e também como uma opção de conexão de banda larga fixa, conhecida como 5G FWA (Fixed Wireless Access).
  • Ping baixo: a baixa latência é outro destaque, com a tecnologia URLLC, que, segundo a Samsung, proporciona uma latência de 1 ms. Esse avanço é crucial para aplicações que demandam respostas rápidas e confiáveis.
  • Uso industrial: no âmbito industrial, o 5G se destaca graças a tecnologias como Slicing e mMTC. Essas capacidades permitem fornecer conectividade para uma maior quantidade de dispositivos simultâneos, reduzindo a latência e aumentando a estabilidade das conexões, aspectos fundamentais para ambientes industriais.
  • Conexões simultâneas sem prejuízo: além de operar em frequências Sub-6 GHz, o 5G também faz uso de ondas milimétricas (mmWave), como na faixa de 28 GHz. Essas frequências mais elevadas oferecem um espectro mais amplo, resultando em maior velocidade e capacidade para lidar com múltiplos dispositivos simultaneamente.

Previsão de cobertura 5G completa no Brasil

Conforme cronograma planejado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a previsão é que todo o território brasileiro tenha acesso ao sinal 5G em 2029. Contudo, a indústria de telecomunicações já tem previsão para lançar a tecnologia 6G em 2030. Isso não quer dizer, necessariamente, que o Brasil esteja assim tão atrasado em relação ao mundo.

Novamente, o Brasil é um país de proporções continentais, o que torna um pouco mais complicado de dar acesso a tais tecnologias em todo o território de forma rápida como ocorre em vários países que, ainda que sejam países de primeiro mundo, têm um território bem menor do que até mesmo de alguns estados do Brasil, então torna-se bem mais fácil dar acesso a tal tecnologia para a população inteira desses lugares.

Não é somente o Brasil que ainda não há cobertura 5G disponível para todos os cidadãos. Aliás, em 2022 somente 24 cidades no mundo inteiro tinham sinal 100% 5G, então mesmo que haja já uma previsão em relação à tecnologia 6G, a realidade é que o próprio 5G ainda está se desenvolvendo e ampliando seu alcance.

O que vai mudar nos planos de celular e de internet com o 5G

Importante destacar que não há aumento nos custos dos planos de telefonia para aderir ao 5G nas operadoras Claro, TIM e Vivo. Todos os clientes têm a capacidade de acessar a rede 5G, desde que estejam dentro da área de cobertura e possuam um dispositivo compatível. No entanto, é necessário ressaltar que as operadoras enfrentam o desafio de investir em uma infraestrutura 5G mais dispendiosa em comparação com a infraestrutura do 4G.

Construir novas torres de antena ou adaptar as já existentes para ter compatibilidade com a recepção e a transmissão do sinal 5G é um investimento um pouco maior para as operadoras, e além disso é necessário fazer  todo o processo de licitação e concessão dos governos municipais e estaduais em parceria com a Anatel, o que pode tornar isso ainda um pouco mais demorado.

Aproveite para conhecer os melhores smartphones de 2023 para utilizar da tecnologia 5G!